quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Chove lá fora

e aqui... faz tanto frio....
Realmente, estar em Nova Lima é tirar do armário o que não se usa mais em BH: casacos, moletons, edredons, xícaras de chá.... delícia.
Depois de um dia puxado, agora quero tomar um banho quentinho e bem loooooongo (sei que não é muito ecologicamente correto, mas juro que é excessão, meus banhos normalmente são rápidos), colocar uma roupa cheirosa e tomar uma taça de espumante para relaxar. Depois, se o sono não bater, vou terminar de ler meu livro.
Eu mereço esse momento de paz, será um fecho de ouro para um dia em que estou muito feliz.
Uma nova fase vai começar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Amigos

Amigo é família que a gente escolhe.
Amigo pode ter mais afinidade, carinho, amor e cuidado conosco do que a família de verdade.
Não é regra, mas é uma possibilidade concreta.
Eu tenho a felicidade de ter um amigo assim.
Amigo de verdade, para todas as horas, com quem posso contar sempre, seja para rir ou para chorar, para comemorar ou procurar uma saída para um problemão, para falar sério ou cozinhar, tomar vinho e jogar conversa fora por horas a fio, para andar de moto na chuva ou ser padrinho do meu filho.
Meu melhor amigo, meu querido amigo, meu amor-amigo. Amo-te hoje diferente do que já amei. Amo um amor maior, mais completo, mais maduro, mais inteiro, mais pleno, mais sereno, mais verdade. Amo-te para sempre.
Uma das maiores alegrias da minha vida é saber que meus dois amores, meus melhores amigos, são também grandes amigos. Amo vê-los juntos, conversando, rindo, gostando da companhia um do outro.
Este final de semana foi muito, muito especial.
Já estou com saudades.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Voltei

Ufa! Depois de três semanas em uma louca roda viva cuidando de festa do filhote, mudança de casa e arrumação do novo lar (que, por sinal, está uma delícia), voltei à vida normal.
Volto a escrever nos próximos dias, estou com saudade.

domingo, 1 de novembro de 2009

Acalme seu coração

"Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo... a toda hora, a todo momento, de dentro pra fora, de fora pra dentro"
Já não me lembro mais quem cantava essa música tão popular na minha adolescência... minha memória sempre foi ruim para essas coisas, depois dos 30 e da maternidade então nem se fala.
Esse verso me acompanhou através dos anos.
Mesmo que em muitos momentos eu não tenha conseguido (foram muitos, eu sou passional até a raiz dos cabelos), lá no fundo eu sabia que deveria respirar fundo, concentrar-me em mim mesma e acalmar meu coração.
As emoções nos impelem a agir por impulso e isso quase nunca é bom.
Amar, brigar, comprar, vender, escrever, acusar, sair, entrar, falar, bater (nem que seja a porta do carro ou de casa), dar... atitudes que, quando tomadas por impulso, no calor das emoções, têm grandes chances de nos trazer arrependimentos enormes. Nem sempre dá para voltar atrás. Nem sempre um pedido de desculpas resolve.
No auge das emoções somos capazes de usar a sinceridade de uma forma cruel, mirando com pontaria certeira os pontos fracos daqueles que mais amamos.
Estou tentando respirar fundo e me concentrar em mim. Voltar a ser eu mesma antes de dizer qualquer coisa, por mais que a injustiça me machuque e me empurre para agir... preciso acalmar meu coração.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Espertinho

Só existem estelionatários porque existem pessoas que se acham mais espertas do que os outros e querem levar vantagem comprando alguma coisa por um décimo do preço que os outros pagam...

Sobrevivi

Filhote vai fazer um ano daqui a uma semana.
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Nos últimos dias estive pensando que, se é a data que marca o fato de que ele sobreviveu ao difícil período de chegada à esse mundo insano, também significa que eu sobrevivi ao tsunami que é a chegada de um filho.
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Quem me conhece de perto sabe que eu não sou a criatura mais apaixonada por bebês. Não sou mesmo, nunca escondi. Começo a me interessar por crianças depois dos três anos, quando já há vida inteligente naquele corpinho e já dá para trocar idéias e argumentar. Antes disso é praticamente trabalho braçal, muito tatibitate (que acho um saco) e gracinhas que têm prazo de validade muito curto (tipo 10 segundos).
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Não acho a menor graça em não ter tempo para mim, muito menos em não poder dedicar -me mais à coisa mais importante da minha vida: meu casamento.
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Quem ainda não viveu a experiência de ser mãe não se iluda: nunca mais você vai transar sossegada depois que seu filho chegar.
Filho pequeno e vida sexual são tão compatíveis como fogo e água.
A maldita babá eletrônica e suas luzinhas vermelhas parecem um fantasma a assombrar sua expectativa de orgasmo... broxante.
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Dar "uma rapidinha" pode ser gostoso quando é por opção, mas não por obrigação, todas as vezes, antes que o filhote acorde e te obrigue a sair semi vestida pela casa tentando voltar ao normal e controlar seus instintos para não jogar a belezinha pela janela. Falando pode ser engraçado, na vida real não é.
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O número de casais que se separam durante o primeiro ano de vida do primeiro filho é enorme. Não me surpreende, a relação muda completamente, já não há mais tanto tempo e energia para investir como antes.
Nos casais onde o marido fica fora o dia todo e não se interessa muito pela pauleira que é o dia a dia de um bebê, a situação piora: ele chega em casa depois do trabalho, toma um banho, janta e vem para cima de você, cheio de amor para dar, carinhosa mas incisivamante cobrando sexo em uma hora que você só quer desmaiar.
Não é o que acontece aqui em casa, onde o Carlos assume tantas responsabilidades quanto eu, mas tenho diversas amigas que reclamam disso.
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Babá é um item de primeira necessidade. De preferência uma que durma com o bebê pelo menos 3 vezes por semana.
Se não cabe no seu orçamento, não tenha filhos.
A maternidade tem infinitamente mais qualidade quando não é por obrigação, quando você pode escolher em que momentos quer ser mãe. Quando esta opção não existe, vai gerando uma frustração, um cansaço mental que dá vontade de sumir.
Não adianta nada estar ao lado do seu filho o tempo todo se você está tão consumida pelo cansaço e por todo o estresse do dia a dia que não se envolve emocionalmente nas tarefas, seu corpo está ali, mas sua alma, não.
Mais vale ter uma pessoa capacitada que te ajude e que faça o trabalho pesado do que tentar ser super mulher e acabar surtando. Quase aconteceu comigo.
Nas horas em que der vontade você vai lá, dá comida, banho, pega no colo, conta historinhas, canta musiquinhas, enfim, se dá emocionalmente por inteiro. Garanto que um minuto assim vale mais que um dia inteiro de mãe-zumbi.
Eu sou uma mãe muito melhor de segunda a sexta (quando a santa Andréia está por aqui) do que nos finais de semana, quando assumo o trabalho todo das cinco da madrugada até as 8 da noite.
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Nessa experiência ganhei uma hipersensibilidade auditiva que estava me deixando louca, porque os mínimos sons me acordavam, a descaraga de adrenalina era tão forte que dava uma taquicardia que parecia que meu coração ia sair pela boca. Depois eu não dormia mais e acabava vendo o dia amanhecer. Eu estava passando os dias me arrastando de cansaço, morrendo de sono, totalmente improdutiva, impaciente e muito chata.
A solução foi começar a dormir com tapa ouvidos (iguais aos dos caras que trabalham com britadeiras), só assim estou conseguindo descansar.
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Mudaram também alguns gostos culinários. Paixões antigas hoje são proibidas: ostras, pequi e fígado hoje me fazem virar do avesso. Jabuticabas agora me dão uma enxaqueca de querer cortar a cabeça fora, mas não consigo resistir e como mesmo assim.
Mesmo não tendo amamentado meu corpo também não é mais o mesmo: hoje uso um número de sutiã a menos do que usava antes.
Tudo que esvazia acaba por murchar e cair... Comigo não foi nada radical, nem terrível, mas o suficiente para que agora próteses de silicone encabecem minha wish list.
Ainda bem que não tive estrias, para elas não há solução.
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Sair à noite não é mais tão prazeroso: primeiro, porque acordei as 5 da madrugada, então às 10 da noite já não sou mais ninguém; segundo, porque fico pensando que, se voltar para casa muito tarde, vou ter pouco tempo para dormir porque o filhote acorda às cinco... e tenho que levantar para ficar com ele.
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O Thomas já fala mã-mã-mã-mã... mas usa esse mesmo som para se referir ao livro, às cadelas daqui de casa, aos brinquedos que quer... menos a mim! Ele só me reconhece nas fotos: "Thomas, cadê a Mama?" Aí vem aquele dedinho gordinho e aponta para a minha imagem no porta retratos. Não posso dizer que não acho bonitinho.
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A paixão dele é o Dada, o pai. Em tudo se parecem: as expressões, o formato das mãos, os espirros quando o tempo muda, o refluxo (quem disse que a gente só herda coisa boa?)...
Quando o pai chega o rosto dele se ilumina, e vice versa.
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Como diz meu amigo João Marcos, houve dolo eventual, eu assumi o risco das consequências dos meus atos, agora só me resta conviver com a minha nova vida....
Claro que tem a parte boa da maternidade, a gente volta a ser criança e brinca de boneca, troca roupas e sapatos, leva para passear, acompanha o aprendizado, o crescimento, tira fotos... mas, juro, o custo benefício não compensa. Pelo menos até agora é essa a minha opinião.
Se eu pudesse voltar atrás não teria um filho, mas isso não é possível.
Todas essas reflexões não valem nada, se não existe. O tempo não pára e o tempo não volta.
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Ele já está aqui, é lindo, inteligente (juro que eu cortaria os pulsos se tivesse um filho burro) e faz parte de nossas vidas de um jeito tão intenso que é até difícil de explicar.
Vamos aos poucos construindo uma relação nossa, sempre baseada na verdade, no carinho, na cumplicidade e no respeito. Sei que ainda vamos nos divertir muito juntos.
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Não sei que que o tempo nos reserva, só o que sei até agora é que sobrevivi ao primeiro ano.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

É comigo?

A gente sempre tende a tomar as coisas de um jeito muito pessoal.
Desde a música que toca no rádio, que juramos ter sido feita para nós por alguém que espiona nossa vida (se não fosse assim, como falar com tantos detalhes de alguma coisa que só eu vivo?), até simples comentários soltos e descompromissados, que tomamos como ofensa pessoal e direta.
Falta um pouquinho de humildade à todos nós nessas horas...
O mundo não gira à nossa volta, nem todos estão falando de nós, nem tudo que ouvimos foi dito para os afetar.
O mundo vive independentemente de nossa presença, não somos tão importantes assim, ao contrário do que gostamos de acreditar.
Tenho exercitado minha humildade e isso me tornou mais sensível aos atos egoístas dos outros. Hoje essas atitudes me entristecem mais, mas para falar a verdade, cada dia tenho mais preguiça de gente assim.
Hoje não me perco mais meu tempo perguntando; "Tá falando comigo?"